sexta-feira, 11 de março de 2016

PEDRA DO SOL – CALENDÁRIO ASTECA


A Pedra de Sol, muitas vezes chamada de "calendário asteca", cujo verdadeiro nome é "Cuauhxicalli", ou "receptáculo da Águia" não é apenas um calendário, mas também uma pedra comemorativa de uma data sagrada, assim como as estrelas maias, certas pedras lembram a festa ritual asteca realizada a cada 52 anos: A Festa do Fogo Novo. Os astecas colocavam essas pedras no Templo Mayor,  Em particular, sobre esta Pedra do Sol foi gravada a data de Acatl que marca a festa do fogo no ano de 1479. A Pedra é composta de oito círculos concêntricos que formam coroas circulares.

No círculo exterior há duas cobras que se juntam de cabeça para baixo, cuspindo duas faces que representam o dia e a noite (Tonatiuh - Xiutecutli). Enquanto o movimento oitavo de inércia define os limites do mundo visível.




A Pedra do Sol pode ser decifrada de duas maneiras: seja a partir da borda externa ou do centro. Começamos por explicar o círculo externo que dá o contexto geral, em seguida, ler a partir do centro, o coração do calendário. As duas cobras que descrevemos no círculo exterior, são apenas dois aspectos da mesma coisa. As serpentes, um diurna e outra noturna, representam  o céu em  dois aspectos diferentes.

A energia que era captada pelo movimento oitavo. Para os astecas, exalava um poder especial: uma energia do universo que foi incorporada no espaço-tempo para entrar em ressonância com a Terra.

Esta energia, que reúne as forças do universo e dos diferentes céus, eram distribuídas pelo sol que é a fonte de vida de nosso sistema planetário.
Na Pedra do Sol, encontramos esta distribuição concêntrica, ajustada de acordo com os planetas, como indicava o calendário asteca.

As duas serpentes são divididas em 13 segmentos (13 céus) são a imagem do universo que contém tudo.

São como Yin e Yang, o dia e a e noite que nos envolvem. Eles também são a Via Láctea, a galáxia que contém o nosso sistema solar em meio a  tantas outras galáxias. Para os astecas, a Via Láctea representa a  força de expansão em relação aos homens, antes de chegar à totalidade absoluta.

O intermediário entre o homem e as estrelas é o Sol, que é o centro do sistema de relações planetárias e, consequentemente, o centro da Pedra do Sol. Este centro é que capta diretamente as energias cujo ponto de partida estava localizado no 13 Acatl.

É assim, que o sol central (5º  sol) se torna o centro da energia vital da absorção e da difusão, enquanto as duas serpentes são os limites que formam o círculo Xiucoatl , o circulo da criação circundante.

O movimento do centro da pedra atua no sistema em seu duplo papel de captação (polaridade -) e (polaridade +).



Esta dupla polaridade produz um movimento quinconce (linhas escalonadas) como uma suástica  criando "zonas de influência" ou círculos concêntricos.

Mas cada coroa tem seu movimento próprio devido a sua própria aceleração, mas os movimentos vão se tornar cada vez mais lentos à medida que haja um afastamento da parte central.

Chegamos assim a uma imobilidade "aparente" que dá a aparência de um limite fixado pelas constelações principais.

A Pedra do Sol sintetiza o movimento e não-movimento, o que está dentro e o que está fora, para reunir o interior ao exterior. Esta síntese resulta da relação do círculo exterior-interior, onde se origina a força centrípeta, e da relação do círculo interior-exterior, onde se origina a força centrífuga.

De fato o que está no interior tende a expandir e o que está no exterior tende a manter-se fixo, criando a harmonia.



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