A turquesa já foi
considerada a pedra símbolo da Pérsia, também muito usada pelos antigos
egípcios, astecas, povos mesopotâmios, chineses e até pelos índios americanos,
especialmente os Navajos. Todos esses povos utilizaram a turquesa por sua beleza
e, principalmente, como amuleto para proteger de energias externas e sinalizar
- por meio da mudança de tonalidade da pedra - o estado de saúde das pessoas.
Turquesa era comum no Egito
antigo desde um período remoto e era conhecida por Plínio como Callais.
No século XIII, dizia-se que
a Turquesa era possuidora do poder de proteger o usuário de ferimentos de
quedas (particularmente de cavalos). Esta fama foi, pouco depois, estendida
para incluir as quedas de construções sobre precipícios.
O Lapidário de Sir. John
Mandeville afirmava que as Turquesas protegiam os cavalos dos efeitos oriundos
da ingestão de água gelada quando estavam excessivamente quentes.
Os turcos usavam como
amuletos nas rédeas dos cavalos.
Em todo o Oriente,
costumavam ser utilizadas como talismãs para equinos. Acreditava-se que com
elas os animais se tornavam mais resistentes e com cascos firmes.
Um médico da corte do
Imperador Rudolph II contava a história de uma Turquesa posta à venda após ter
pertencido durante 30 anos a um espanhol. A pedra tinha perdido inteiramente
sua cor, mas mesmo assim, o pai do médico resolveu trazê-la para o filho,
dizendo: “Filho, como as virtudes da Turquesa só aparecem quando a pedra é
ofertada, eu testarei sua eficácia oferecendo-a a você”. Após a pedra ser colocada
num anel de sinete, o filho usou-a por um mês, quando então a pedra readquiriu sua coloração e esplendor.
Algum tempo depois, o rapaz foi obrigado a atravessar à noite, uma estrada
escura e perigosa. Seu cavalo tropeçou e atirou-o ao chão, mas, incrivelmente,
ele não se machucou, embora um quarto da Turquesa tenha se quebrado e
despregado do anel. Em outra ocasião, o filho escorregou enquanto levantava um
pesado poste que caiu ao seu lado. Ele ouviu suas vértebras estalarem, mas,
para sua surpresa, nada tinha sofrido. Ele olhou para o anel. A Turquesa havia
se quebrado em duas.
Dizem que, no começo do
século XVII, nenhum homem considerava sua mão bem adornada, a menos que usasse
uma fina Turquesa. As mulheres, no entanto, raramente usavam esta pedra.
Alguns habitantes afirmam
que, para escapar do diabo e obter boa sorte, a pessoa deve ver o reflexo da
lua nova na face de um amigo, numa cópia do Corão ou num pedaço de turquesa.
Anos atrás, as Turquesas das
minas mexicanas Los Cerillos eram extraídas através de grandes fogueiras na
base da face da rocha que continha as pedras. Os nativos então jogavam água
fria, de modo que lascas estalavam e saltavam por causa da brusca mudança de
temperatura. Os materiais fragmentados eram trabalhados em forma de coração e
esses amuletos eram chamados de malacates. Os índios mexicanos consideravam a
Turquesa como uma pedra sagrada, que não podia ser propriedade daqueles que não
professassem sua fé.
A posse de uma Turquesa era
imperativa para os curandeiros dos índios que viviam nas planícies da América
do Norte. Sem ela, eles não receberiam o reconhecimento do resto da tribo.
Uma lenda indígena sugeria
que um homem que pudesse ir ao fim do arco-íris e cavar na terra encontraria
uma Turquesa.
Acreditava-se que afixada a
um arco, a pedra ajudaria os guerreiros ou caçadores a tornarem-se exímios
atiradores.
Uma lenda folclórica diz
que, se uma Turquesa é oferecida como um brinde a um amigo, o espírito
habitante da pedra está desejando transmitir seus ofícios de uma pessoa para
outra.
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