O folclore sobre os Diamantes é conflitante. Eram
considerados um antídoto para venenos e, no entanto, a pedra em si era tida
como um veneno poderoso.
Além disso, o médico italiano Gonelli afirmava que
o Diamante tornava-se escuro em presença dos venenos.
Uma outra característica atribuída ao Diamante era
sua capacidade de proteger contra a peste e a pestilência, sendo a prova de
seus poderes o fato de que a peste atacava as classes mais pobres e poupava os
ricos, que podiam cobrir-se com eles.
O Lapidaire de Alfonso X recomendava os Diamantes
para doentes de bexiga, mas somente para casos desesperados.
Marbodus sugeria os Diamantes para a cura da
insanidade, enquanto que Himus alertava que era perigoso o uso de pedras de
qualidade inferior para propósitos curativos, não somente porque dificilmente
curariam doenças, mas porque poderiam causar aleijões, icterícias, pleurisia ou
mesmo lepra, como efeito colateral.
Os Diamantes de boa qualidade só poderiam ser
usados – e assim mesmo judiciosamente - após uma purificação de sete dias em
urina de vaca. Entretanto, em todos os casos, a pedra deveria tocar a pele para
ser efetiva e, de acordo com uma superstição geral, o poder do Diamante como
talismã tornava-se sem efeito se ele fosse comprado – ele só poderia ser
recebido como um presente (o espírito habitante da pedra ficava ofendido se
fosse comprado ou vendido).
Tradicionalmente, o Diamante era o símbolo da
bravura e da invencibilidade, o equivalente macho da Pérola. Supunha-se que ele
trazia vitória a seu usuário, dotando-o de uma força superior, resistência e
coragem. Marbodus diz que é uma pedra de grande poder em dispersar espectros
noturnos e, para esse propósito, deve ser usado com outro no braço
esquerdo.
Santo Hildegardo afirmava que o Diamante era o
grande inimigo do diabo porque resistia a seus poderes de dia e de noite.
Cardano, no entanto, fala o seguinte a respeito
deles: “Acredita-se que torne o usuário infeliz, uma vez que seus efeitos são
os mesmos sobre a mente que os dos ol sobre os olhos, pois o último mais
escurece do que reforça a vista.
Ele realmente nos deixa sem medo, mas não há nada
que contribua mais para nossa segurança que a prudência e o medo, portanto é
melhor ter medo”.
Tendo sido associado ao relâmpago, acredita-se
também que a origem dos Diamantes estava nos trovões. Por outro lado,
afirmava-se muitas vezes que era consumido ou dissolvido por trovões (nada
ilógico, assumindo que a mesma força que os formava poderia destruí-los).
Um fato desconhecido na Europa do século XIV era
que o Diamante podia ser inteiramente dissolvido à alta temperatura.
Os árabes e persas, assim como os egípcios
modernos, concordam em atribuir ao Diamante o maravilhoso poder de trazer boa
sorte.
O rabino Benoni ( um místico do século XIV),
assegurava que ele produzia sonambulismo e que, como talismã, atraía
influências planetárias tão fortemente, que tornava o usuário invencível.
Também se dizia que provocava um estado espiritual de êxtase.
Um alquimista do mesmo século, Pierre de Boniface,
assegurava que o Diamante tornava invisível seu usuário.
Com todos esses atributos, não é surpresa que os
poderes sexuais e de reprodução fossem associados com os Diamantes.
Sir John Mandeville escreveu: ”Eu muitas vezes
tentei a experiência que, se um homem conserva com ele um pedaço da pedra e
rega-a frequentemente com o orvalho de maio, ela crescerá a cada ano, e o menor
se tornará o maior”.
Caso os Diamantes se reproduzam ou não quando
encorajados é compreensível que ainda hoje os brilhantes – Diamantes lapidados -
sejam usados em anéis de casamento: acredita-se que eles reforcem o amor do
marido pela esposa.
Os efeitos das Esmeraldas e Ametistas são
essencialmente ampliados pelos Diamantes.
Ele tem afinidade zodiacal com todos os signos e é
comumente designado como pedra de nascimento para aqueles de abril.
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