quarta-feira, 2 de março de 2016

DIAMENTE - CURIOSIDADES

O folclore sobre os Diamantes é conflitante. Eram considerados um antídoto para venenos e, no entanto, a pedra em si era tida como um veneno poderoso. 

Além disso, o médico italiano Gonelli afirmava que o Diamante tornava-se escuro em presença dos venenos.

Uma outra característica atribuída ao Diamante era sua capacidade de proteger contra a peste e a pestilência, sendo a prova de seus poderes o fato de que a peste atacava as classes mais pobres e poupava os ricos, que podiam cobrir-se com eles.

O Lapidaire de Alfonso X recomendava os Diamantes para doentes de bexiga, mas somente para casos desesperados.

Marbodus sugeria os Diamantes para a cura da insanidade, enquanto que Himus alertava que era perigoso o uso de pedras de qualidade inferior para propósitos curativos, não somente porque dificilmente curariam doenças, mas porque poderiam causar aleijões, icterícias, pleurisia ou mesmo lepra, como efeito colateral. 



Os Diamantes de boa qualidade só poderiam ser usados – e assim mesmo judiciosamente - após uma purificação de sete dias em urina de vaca. Entretanto, em todos os casos, a pedra deveria tocar a pele para ser efetiva e, de acordo com uma superstição geral, o poder do Diamante como talismã tornava-se sem efeito se ele fosse comprado – ele só poderia ser recebido como um presente (o espírito habitante da pedra ficava ofendido se fosse comprado ou vendido).

Tradicionalmente, o Diamante era o símbolo da bravura e da invencibilidade, o equivalente macho da Pérola. Supunha-se que ele trazia vitória a seu usuário, dotando-o de uma força superior, resistência e coragem. Marbodus diz que é uma pedra de grande poder em dispersar espectros noturnos e, para esse propósito, deve ser usado com outro no braço esquerdo. 

Santo Hildegardo afirmava que o Diamante era o grande inimigo do diabo porque resistia a seus poderes de dia e de noite.

Cardano, no entanto, fala o seguinte a respeito deles: “Acredita-se que torne o usuário infeliz, uma vez que seus efeitos são os mesmos sobre a mente que os dos ol sobre os olhos, pois o último mais escurece do que reforça a vista. 

Ele realmente nos deixa sem medo, mas não há nada que contribua mais para nossa segurança que a prudência e o medo, portanto é melhor ter medo”.

Tendo sido associado ao relâmpago, acredita-se também que a origem dos Diamantes estava nos trovões. Por outro lado, afirmava-se muitas vezes que era consumido ou dissolvido por trovões (nada ilógico, assumindo que a mesma força que os formava poderia destruí-los). 

Um fato desconhecido na Europa do século XIV era que o Diamante podia ser inteiramente dissolvido à alta temperatura.



Os árabes e persas, assim como os egípcios modernos, concordam em atribuir ao Diamante o maravilhoso poder de trazer boa sorte. 

O rabino Benoni ( um místico do século XIV), assegurava que ele produzia sonambulismo e que, como talismã, atraía influências planetárias tão fortemente, que tornava o usuário invencível. Também se dizia que provocava um estado espiritual de êxtase.

Um alquimista do mesmo século, Pierre de Boniface, assegurava que o Diamante tornava invisível seu usuário.

Com todos esses atributos, não é surpresa que os poderes sexuais e de reprodução fossem associados com os Diamantes.

Sir John Mandeville escreveu: ”Eu muitas vezes tentei a experiência que, se um homem conserva com ele um pedaço da pedra e rega-a frequentemente com o orvalho de maio, ela crescerá a cada ano, e o menor se tornará o maior”. 

Caso os Diamantes se reproduzam ou não quando encorajados é compreensível que ainda hoje os brilhantes – Diamantes lapidados - sejam usados em anéis de casamento: acredita-se que eles reforcem o amor do marido pela esposa.

Os efeitos das Esmeraldas e Ametistas são essencialmente ampliados pelos Diamantes.


Ele tem afinidade zodiacal com todos os signos e é comumente designado como pedra de nascimento para aqueles de abril.

Nenhum comentário:

Postar um comentário