Curiosamente, só é
encontrado com qualidade em dois lugares do mundo: Austrália e… Piauí! Isso
mesmo, aqui no Brasil, na cidade de Pedro II está uma das maiores e mais
importantes jazidas de Opala (claro que existem outras jazidas e Opala no
mundo, sobretudo na África) no planeta.
Os aborígines da Austrália
têm uma lenda. Eles dizem que o Criador veio para a Terra em um arco íris para
dar uma mensagem de paz para toda a humanidade. O lugar onde o pé do Criador
tocou a terra era repleto de rochas e tornou-se vivo, começou a brilhar em
todas as cores do arco íris. E é assim que Opalas foram criadas.
Talvez isso explique porque
o nome Opala é derivado da palavra sânscrita “upala”, que significa “pedra
preciosa”. Esta provavelmente é a raiz da palavra para o termo grego
“opallios”, que se traduz como “mudança de cor”.
Até 1920 as Opalas eram
bastante incomuns. Antes da descoberta da jazida da Austrália de 1849, as
únicas fontes de opala eram o Brasil e a Hungria. Quando as Opalas australianas
surgiram, elas eram tão espetaculares e sua diferença foi tão marcante que os
donos das minas na Hungria espalharam o boato que opalas australianas não eram
opalas reais. Graças ao boato, a opala australiana não apareceu no mercado
mundial até 1890. Ninguém comprava porque acreditaram nos boatos.
Por muito tempo ninguém
sabia porque as opalas da Austrália eram tão lindas. Na década de 1960 uma
equipe de cientistas australianos analisaram as amostras de Opalas com um
microscópio eletrônico. Eles descobriram que pequenas esferas de gel de sílica
produziam interferência na passagem da luz, causando as incríveis refrações,
que são responsáveis pelo jogo fantástico de cores dentro do material.
Em outras palavras, como a
opala é formada de sílica, ela deixa a luz atravessar, e é essa entrada de luz
e consequente divisão dela em microprismas, é que dá às Opalas sua cor.
Entre as diversas formas de
opala existente, (há as mais transparentes, as leitosas, as esverdeadas, é uma
quantidade enorme de variações) estão as Opalas negras.
A opala negra é a mais rara
e valiosa de todas as opalas. Estas gemas sempre tem a cor de fundo escura, que
contrasta lindamente com os brilhos multicoloridos naturais da Opala.
Quanto mais brilhante e mais
nítidas as cores contrastantes, o mais valiosa a amostra de Opala negra.
A opala negra é rara, ao
ponto de algumas pessoas colecionadoras de gemas a considerarem como “o Santo
Graal da Opalas”.
Por sua inacreditável
variação visual e beleza, as opalas são muito usadas para a produção de joias.
Algumas opalas de jazidas no México, chamadas Opalas de fogo são tão sensacionais
que lembram até rubis.
Há também a opala azul
peruana, que é a pedra nacional do Peru. Eles dizem que ela tem a cor do mar do
Caribe.
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